“Quando as comunidades pensam em fazer sua própria cartografia,
elas não estão pretendendo simplesmente retratar o espaço
físico, mas afirmar seus modos de vida”. Esta foi uma das obser-
vações trazidas por membros de grupos tradicionais envolvidos em experiên-
cias de mapeamento, por ocasião do seminário “Cartografia Social e Território”
realizado no Rio de Janeiro em dezembro de 2008. Eis que, de fato, até onde
o exame da documentação nos permite observar, em cerca de metade dos
casos levantados pelo projeto “Experiências em Cartografia Social” desen-
volvido no ETTERN//IPPUR/UFRJ (ver mapa na página 7), esta é a “trama
territorial” comum a muitas de tais iniciativas: apesar de suas variantes inter-
nas, o que está em jogo para estes sujeitos sociais é o território enquanto
terreno disputado material e simbolicamente.
Fil: Acselrad, Henri. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Pesquisa e
Planejamento Urbano e Regional, Brasil.